Todos nós sabemos da magnífica história de Rute. Uma mulher simples, enlutada e estranha à terra que escolheu para viver, que acaba se casando com Boaz, um homem de virtudes e riquezas, inserindo-se na linhagem que leva ao mais notável monarca de Israel - Rei Davi.
O aspecto intrigante da narrativa bíblica é a descrição do primeiro encontro de Rute com Boaz. Ela se depara com ele, como a versão NAA e NVI descrevem, por uma “casualidade”. (Rute 2:3). A tradução A21 escolhe a palavra "coincidência", enquanto a NTLH indica que o encontro foi "por acaso". As versões mais antigas falam em "sorte" (TB, ARC).
No Livro de Rute, não temos o extraordinário - milagres, anjos, sonhos, profecias. Temos, em vez disso, a vida cotidiana, com suas coincidências e casualidades. No entanto, o Livro de Rute nos faz entender que, por trás dessas aparentes casualidades, há um Deus que tece cuidadosamente a trama da história.
A história de Rute é um reflexo cativante da soberania de Deus na nossa vida cotidiana. Em meio às circunstâncias corriqueiras, as decisões que tomamos e os encontros que vivemos, Deus está trabalhando, tecendo os fios da história com um propósito maior. É um lembrete poderoso de que mesmo o que parece fortuito e insignificante pode ser parte do projeto divino. E ainda que não entendamos o propósito imediato de cada casualidade, cada passo aparentemente aleatório pode ser um movimento dentro do grande mosaico do plano divino. Portanto, à medida que navegamos pelas casualidades da vida, podemos descansar na confiança de que estamos nas mãos de um Deus que governa a história e que, em sua sabedoria, está trabalhando para o bem maior.
Mantenha essa verdade em mente ao enfrentar as casualidades desta semana.
Pastor Sergio Fernandes
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