Existe uma antiga canção evangélica em que um trecho da letra diz:
“Ao ver as gravuras dos quadros pintados, daquilo que dizem ser o meu Senhor. Meu ser não aceita o que está na tela. É falsa a inspiração do pintor. Não creio, não creio num Cristo vencido. Cheio de amargura, semblante de dor. Eu creio num Cristo de rosto alegre. Eu creio no Cristo que é vencedor”.
É claro que devemos considerar a chamada "licença poética" utilizada pelo compositor na letra da música.
Embora como todo cristão eu creia no Cristo triunfante, ressurreto e glorioso, não posso desprezar o fato que Cristo sofreu - e sofreu muito.
No cruel sofrimento da cruz, “olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (Isaías 53.2).
Como o messias incompreendido, Ele era “desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53.3). Jesus é o Leão da Tribo de Judá, o poderoso e glorioso Senhor (Apocalipse 5.5), mas também é o Cordeiro de Deus, frágil e vulnerável, que tira o pecado do mundo (Apocalipse 5.6). Uma imagem completa de Cristo não é apenas o rosto alegre, mas também é o rosto angustiado do Jardim do Getsêmami e da cruz do Calvário.
Pr. Sergio Fernandes
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